sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

História do Voleibol





História

O Início

O Voleibol foi criado em 1895 por William C. Morgan, director de Educação Física no Colégio de Holioke, Massachussets, nos Estados Unidos da América, e ao qual chamou primeiramente Mintonette.
O basquetebol era o jogo da moda de então, mas era muito enérgico e cansativo para homens de idade. Morgan baseou-se num popular jogo alemão, «Faustball», para idealizar um jogo menos fatigante que o basquetebol para os associados mais velhos da ACM. Colocou uma rede semelhante à de ténis a uma altura de 1,83 cm, que dividia o campo de jogo a meio, e sobre a qual uma câmara de uma bola de basquetebol era batida.
As regras iniciais pouco tinham com as de agora, sendo de realçar que o número de toques de uma equipa era ilimitado e um jogador podia tocar duas vezes seguidas.
Depois de ter encontrado uma bola para este tipo de jogo, já que as primeiras eram muito pesadas, teve lugar em 1896 a primeira demonstração pública no Colégio de Springfield, durante uma conferência de directores de Educação Física do Young Man Christian Association, pois até então os jogos eram apenas jogados no ginásio onde Morgan era director.
Foram apresentadas duas equipas formadas por 5 jogadores, num campo de 15,35 metros de comprimento por 7,62 de largura e com a rede colocada a uma altura de 1,98 m.
Todos ficaram entusiasmados e, durante a exibição, Alfred T. Halstead sugeriu o nome de Volley-Ball que na sua opinião parecia mais adaptado ao jogo, que Morgan aceitou.
Em Portugal
Foi durante a primeira Grande Guerra, quando as tropas americanas estiveram estacionadas nos Açores, que o voleibol foi introduzido em Portugal. António Cavaco foi o motor de divulgação da modalidade quando veio cursar engenharia no IST em Lisboa.
Em 1938 é criada a Associação de Voleibol de Lisboa e em 1942 fundava-se a do Porto. A Federação Portuguesa de Voleibol nasce depois em 1947 e seria uma dos 14 países fundadores da FIVB.
Apesar de haver algumas competições a nível regional o Campeonato Nacional só se começou a disputar na época de 1946/47 com o Técnico a ser o primeiro campeão nacional. O campeonato feminino só começou em 1959/60 e aí foi a equipa do Espinho a vencedora.
As Primeiras Regras
O jogo era constituído por nove «innings». Um «inning» consistia na execução de três serviços por jogador em cada equipa e uma equipa só marcava ponto quando tinha o serviço. O número de jogadores por equipa era variável. Os jogadores podiam tocar na bola duas vezes consecutivas e o número de toques seguidos da bola por uma equipa era ilimitado. Se a bola tocasse num objecto estranho ao jogo (parede, tecto, etc) o jogo podia continuar desde que a bola voltasse para o campo de jogo.
Tal como hoje em dia a rede não podia ser tocada nem a bola agarrada.

Evolução de algumas Regras

1900 Bola na linha era considerada valida. Bola que tocasse qualquer objecto exterior ao campo era considerada perdida.
1912 Introduzida a rotação.
1916 Abolido o conceito de «inning». O jogo passou a ser prolongado até aos 15 pontos. Proibição dos jogadores tocarem na bola duas vezes consecutivas.
1918 O número de jogadores de uma equipa foi fixado em seis.
1922 O número máximo de toques de bola foi limitado a três. Aparecimento da linha central.
1925 Apareceu a obrigatoriedade da vantagem de dois pontos, quando as equipas estavam em igualdade a 14 pontos.
1938 Aparecimento do bloco. Inicialmente a regra só permitia ao jogador blocador um só contacto com a bola.
1949 Apareceu a regra que permitia a penetração do passador e a possibilidade de atacar com três jogadores.
1951 Adopção da regra que permite passar as mãos por cima da rede durante o bloco e no movimento terminal do remate.
1957 O tempo de repouso foi reduzido para 30 segundos.
1959 Estabeleceu-se a largura de 5 cm para as linhas do campo.
1964 O jogador blocador pode passar as mãos para o campo adversário (bloco ofensivo) e tocar a bola duas vezes sucessivas.
1970 Apareceram as varetas para delimitarem o espaço de jogo e facilitar a acção dos árbitros.
1976 Foi adoptada a regra que permite três contactos com a bola após o toque do bloco.
1984 Proibição de blocar a bola proveniente do serviço. Autorização do duplo contacto na primeira acção de jogada.
1988Introdução do 17º ponto como decisivo, em caso de igualdade a 16 pontos. O 5Ç parcial passa a ser jogado em sistema de pontuação contínua. Estabelecimento de três minutos de intervalo entre todos os parciais.
1992 O toque de bola é legal até ao joelho. O jogador pode tocar na rede desde que seja involuntário, ou seja quando não influência o jogo e/ou quando e fora da jogada. No último parcial ( negra ) passa a ter que existir uma diferença de dois pontos, entre as equipas. O jogador passa a ter 5 segundos para servir ( na 1ª tentativa ) e 3 segundos na segunda.
1994 O toque de bola a baixo do joelho passa a ser legal desde que seja um gesto técnico de recurso e/ou na defesa. A zona de serviço passa a ter a largura do campo. E permitida a defesa por cima desde que a bola não seja transportada ou agarrada e desde que o contacto seja apenas um batimento de bola.
1996 Passou a ser possível recuperar uma bola que tenha passado o plano da rede para a zona livre contrária. Passa também a ser permitido tocar o campo contrário com o(s) pé(s) ou a(s) mão(s), desde que pelo menos uma parte do(s) pé(s) ou da(s) mão(s) estejam em contacto com a linha central.
1998 O sistema de contagem é alterado para «ponto por jogada» e os parciais passam a ser jogados até aos 25 pontos. Apenas o quinto parcial continua a ser jogado até aos 15 pontos. Introdução do «jogador líbero». Passa a haver apenas uma tentativa para o serviço.

Regras Básicas
Aqui está um resumo para leigos. As regras são muito mais que este condensado, mas pelo menos, para quem assiste, pode compreender melhor o que se passa dentro do campo.
No final da página tem apontadores para a FPVonde pode ler as regras na integra.

JOGO

O Voleibol é um jogo entre duas equipas com seis jogadores cada, cuja finalidade é colocar a bola no chão do campo adversário através de "toques".
Os jogadores começam o jogo em posições fixas, três juntos à rede, chamados de atacantes, e três mais atrás mais próximos da linha final, chamados de defensores. Uma equipa não pode dar mais de três "toques" na bola até ela ser batida sobre a rede para o campo do adversário.
Um jogador não pode agarrar a bola, mesmo que brevemente, nem mesmo dar dois toques seguidos. A bola pode ser tocada por qualquer parte do corpo, mesmo os pés.
Constituem infracções, ganhando pontos a equipa adversária, se um jogador tocar na rede ou enviar a bola para fora do campo de jogo.
Normalmente uma jogada típica é decomposta em três fases: serviço/recepção, passe/ataque, bloco/defesa.

SERVIR

À acção de colocar a bola em jogo chama-se serviço. Cada vez que uma equipa ganha o serviço todos os seis jogadores rodam uma posição no sentido dos ponteiros do relógio, colocando-se na nova posição. Serve então o jogador que está atrás no lado direito (zona 1). O serviço pode ser efectuado batendo a bola "por baixo" ou "por cima", com a mão aberta, punho cerrado ou braço, directamente para o campo do adversário. O jogador pode servir de qualquer posição desde que esteja atrás da linha final e no enfiamento do campo.
A equipa continua a servir enquanto estiver a ganhar pontos.
Se os jogadores não respeitarem a sua posição no momento do serviço, a equipa incorre numa penalização, ganhando o adversário um ponto. Depois do batimento da bola no serviço, os jogadores podem deslocar-se e ocupar qualquer posição no seu próprio campo.

Áreas e zonas do campo

PONTUAÇÃO

No novo sistema a equipa que ganha a jogada soma um ponto. A equipa que alcançar primeiro 25 pontos, com uma margem mínima de dois pontos da outra, vence a partida. Aquela que alcançar primeiro três partidas ganhas, vence o jogo. Na eventualidade de se jogar uma quinta partida esta é jogada até aos 15 pontos tendo também de haver uma diferença mínima de dois pontos.
É considerado ponto sempre que uma equipa conseguir colocar a bola no campo do adversário. Sempre que a bola tocar fora do campo de jogo, ganha um ponto a equipa adversária à equipa que tocou na bola em último lugar.

LIBERO

Este jogador equipa com uma camisola de côr diferente para ser mais facilmente distinguido. Não necessita de autorização para entrar e apenas pode fazê-lo para a área defensiva. Não pode servir, atacar ou rodar para a zona de ataque. É normalmente um especialista na defesa.

SUBSTITUIÇÕES

Durante uma partida só são permitidas seis substituições. Os jogadores só poderão entrar uma vez durante uma partida substituindo um jogador inicial e só podendo ser substituídos pelo mesmo.
Apenas o libero não está sujeito a estas restrições.

OUTRAS REGRAS

- Apenas podem blocar os jogadores da área de ataque.
- Um jogador da área de defesa não pode atacar à frente da linha dos três metros. Terá de o fazer a partir da área de defesa podendo no entanto, depois do contacto com a bola, invadir a zona de ataque.
- A bola ao bater no bloco não conta como toque.
- Durante o serviço a bola não pode tocar outro jogador da mesma equipa.
- Cada equipa tem direito a dois descontos de tempo por partida de 30 segundos.
- O capitão da equipa é identificado por meio de uma tira com 8 cm x 2 cm de cor diferente da camisola, colocada por baixo do número, no seu peito.
- Um jogador não pode invadir o campo adversário.
- É permitido tocar o campo contrário com o(s) pé(s) ou mão(s), desde que, pelo menos uma parte do pé(s) ou mão(s) esteja(m) em contacto ou sobre a linha central.

CAMPO

Um campo de Voleibol tem 18 metros de comprido por 9 de largo. É divido em duas partes iguais por uma rede a uma altura consoante a categoria das equipas. A três metros da rede existe uma linha, que se prolonga em tracejado para fora do campo, e que demarca a zona de ataque da zona defensiva.


dimensões do campo

REDE

A rede mede 1 m de largura e 9,5 m de comprimento. É feita de fio preto com malha quadrada de 10 cm de lado. Ao longo da parte superior da rede está cosida uma banda horizontal de tela branca, dobrada 5 cm para cada um dos lados. A rede é firmemente esticada por cordas a dois postes. Próximo das extremidades e alinhadas com a linha lateral, estão colocadas umas varetas que delimitam o espaço por onde a bola deve passar.
A rede é colocada à altura de 2,43 m nas competições masculinas e 2,24 m nas competições femininas. Nos escalões inferiores a juniores a rede tem a altura de 2,35 e 2,20 para os juvenis e 2,24 e 2,15 para os iniciados, respectivamente masculinos e femininos.



BOLA

A bola é esférica e deve ter um diametro entre 65 e 67 cm podendo pesar entre 260 e 280 gramas. O material deverá ser de couro flexível, natural ou sintético, com uma câmara de borracha ou material similar no seu interior. A côr deverá ser clara e facilmente visível.



GLOSSÁRIO

Am
Amortie - bola subtilmente colocada no campo adversário.

Área de Ataque - zona compreendida entre a rede e a linha dos três metros (zonas 2,3,4).
Área de Defesa - zona compreendida entre a linha dos três metros e a linha final (zonas 5,6,1).
Avião - remate que passa alto e muito longe do campo.
Bloco - interposição à trajectória da bola com as mãos sobre a rede.
Bola Morta - bola inofensiva vinda do campo adversário.
Chinesinha - acção em que o jogador só tem tempo de colocar sua mão entre o chão e a bola evitando que esta toque no campo.
Distribuidor - jogador que está encarregue de passar a bola para o atacante.
Entrada - zona 4 ou zona do lado esquerdo junto à rede.
Fooraaa! - berro dos treinadores avisando delicadamente os jogadores que a bola vai nitidamente para fora do campo e que não devem tocar nela!
Manchete - toque na bola com as duas mãos juntas e braços estendidos.
Meio - zona 3 ou o meio junto à rede.
Passador - o mesmo que Distribuidor.
Remate de 2ª Linha - remate de um jogador que está na zona defensiva efectuado atrás da linha dos três metros.
Saída - zona 2 ou o lado direito junto à rede.
Set - uma das 5 partidas de um jogo.
Tira! - grito desesperado do Diogo às jogadoras para irem à bola e que nada está perdido. Às vezes ...
Vamos! - incentivo típico do Diogo para cair em cima do adversário!
Zona x - de 1 a 6. A zona 1 corresponde ao lado direito na área defensiva e é o jogador dessa zona que serve. As zonas seguintes correspondem às zonas ocupadas pelos jogadores que se seguirão no serviço. Ver figura.


Fonte:CVL

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