
A depressão pode ser caracterizada por perda de prazer nas atividades
diárias, desinteresse, baixa auto-estima, sentimentos de culpa, apatia,
dificuldade em se concentrar, fadiga, letargia, alterações do sono, do apetite e
pensamentos recorrentes acerca de morte e suicídio.
É normal ter sentimentos negativos, no entanto se estes sintomas perdurarem
por um longo período é considerado uma doença mental e deverá procurar ajuda
médica.
Em termos científicos, a depressão está associada a um desequilíbrio químico
de substâncias tais como a serotonina. A serotonina é um neurotransmissor que
influencia o humor, o sono, a libido e o apetite. Na literatura existem vários
estudos a demonstrar que pessoas que praticam exercício regularmente
experienciam menos sintomas de depressão e de ansiedade do que pessoas que são
sedentárias.
Outros estudos
relacionam a prática de exercício físico com um tratamento efetivo da depressão,
quando os pacientes depressivos estão recetivos e querem ter um papel ativo na
sua recuperação. Estes efeitos benéficos podem ser explicados porque o exercício
físico, ao nível químico, leva ao aumento dos níveis de serotonina e
endorfinas.
No geral, o exercício
físico leva a um aumento dos níveis de energia, ajuda a ter uma boa noite de
sono, e a um aumento da auto-estima, o que contraria o estado negativo
que é descrito numa depressão. Ao contrário das várias terapias antidepressivas,
os efeitos secundários da prática de exercício físico são quase inexistentes e,
para além disso, os pacientes irão beneficiar de uma melhoria cardiovascular e
de uma diminuição do risco de aparecimento de outras doenças tais como: diabetes
tipo 2, osteoporose, acidente vascular cerebral e certos tipos de
cancro.
Em conclusão, o exercício físico pode ser considerado uma possível
alternativa ou terapia complementar aos antidepressivos. Terá que se ter em
conta se a nível físico não existem contra-indicações para a prática de
exercício, e o grau de severidade da doença, que deverão ser avaliados e
acompanhados por um médico.
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